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Este texto é uma reflexão da diretora Salete |
Quando nós estamos
satisfeitos, nem sempre está tudo bem; às vezes estamos acostumados, porém
passam despercebidas tantas coisas...Cada um de nós,
em nossa vida, tem vivências diferentes e nos acostumamos com algumas coisas que
não são necessárias e não tem valor nenhum para os outros.
Algumas vezes, por estarmos acostumados a ver determinadas situações, elas se incorporam como
normais, mas para outros são muito anormais.Na vida, presenciamos situações estranhas, que não estamos acostumados a ver, a
perceber, a compreender...
Quem vive em
ambientes violentos, considera esta uma maneira normal de vivenciar e resolver os
problemas.As pessoas
tranquilas, que não estão acostumadas a conviver com pessoas violentas, não
aceitam a violência como algo normal.
Em casa nos
acostumamos com o jeito dos familiares e o que cada um vive acaba sendo
incorporado como normal.Fora de casa,
na rua, na escola, encontramos outras pessoas com outros jeitos, outros
costumes e muitas vezes na convivência nós estranhamos, mas com o tempo a gente
vai se acostumando.
Não podemos
permitir nos acostumarmos a viver sem perceber, sem questionar, sem discordar,
por isso precisamos amar para compreender cada realidade.Amar é, apesar
de nós não nos acostumarmos, aprendermos a respeitar com direito a questionar,
a compartilhar sempre com o coração aberto, a perdoar para conviver
tranquilamente, apesar das contradições...
O pior é
quando nós nos acostumamos com aquilo que os outros querem que a gente seja; então
passamos a ser o que os outros querem que sejamos sem a convicção se é ou não o
melhor para nós.Quantos de nós
nos acomodamos a viver a vida sem conviver com as pessoas que estão ao nosso
redor, sem respeitar os outros, por acreditarmos que os nossos costumes são os
melhores.
Nós não devemos
nos acostumar. Precisamos sim nos renovar e isto só é possível na convivência
com outras pessoas diferentes, que não estão acostumadas com o nosso jeito...
Cada pessoa
que entra na nossa vida e vai ganhando a nossa atenção através do olhar, do
toque, do sorriso, da cara feia. Nós nos acostumamos, e muitas vezes não questionamos.
Tudo aquilo a que nos acostumamos, não avança, não progride, não se transforma,
pois nos acostumamos... “É assim”! Nem sempre o que “é assim”, é bom.
Precisamos nos
acostumar a questionar, a ouvir, a falar, a refletir para não aceitar aquilo
que vemos naturalmente, pois a vida é um permanente desafio... Não podemos nos
acostumar com as coisas do jeito que elas são e, sim, buscar a constante
transformação para acompanhar o processo da evolução humana...
Salete
Teresinha Cestonaro Bongiovanni
Diretora